sábado, 5 de maio de 2018

Os esportes e a Filosofia no Colégio Estadual Rotary - O Colégio Estadual Rotary promove, este ano, no mês de maio, para os seus alunos, o Festival de Desporto e Cultural o (FEDESCULT). O projeto é interdisciplinar, proporciona tanto para os alunos, quanto para os professores, muitos conhecimentos, os quais são adquiridos, em um espírito esportivo. O evento envolve todos os alunos dos três turnos. Cada turma representou um país, trazendo temas que envolvem todas as disciplinas. Inicialmente a ideia era fazer apenas um campeonato de futebol, mas devido ao sucesso, os professores abraçaram o projeto, identificando na sua disciplina uma ponte para os esportes. As disputas são intercaladas entre apresentações como dança, música, gastronomia, informações importantes do país pesquisado como: A Geografia, O Idioma, A religião, a Política, A economia, Os grandes filósofos e sociólogos da História e a curiosidades de cada país. Os alunos se envolvem, completamente no evento. Com trajes típicos do país estudado, apresentam sua miss e seu mister, além dos jogos de futebol de salão, handebol, vôlei, basquete e boxe, tanto no masculino como no feminino. A disciplina de filosofia e os alunos do projeto PIBID, participam do referido projeto, pesquisando sobre os grandes filósofos de cada país e motivando a reflexão, sobre a ética nos esportes e o questionamento como devo participar nesse evento? Muitas são as lições filosóficas que os esportes têm a nos dizer. Do ponto de vista ético, gerando interpretações compreensivas do esporte em si mesmo. Do ponto de vista corporal-antropológico: praticar esporte, enquanto exercício físico, contribui para descarregar, além de toxinas, as tensões e estresses corroborando a conhecida máxima: mente sã em corpo são. O corpo exige cuidados, dedicação e condicionamento físico para que possa ‘jogar bem’. Quem pratica esporte, trata a vida como um todo integrado entre corpo e alma. Com isto denuncia-se a atribuição segundo a qual o corpo seria apenas um cárcere para alma ao mesmo tempo em que saltamos para fora do dualismo antropológico cartesiano que cinde res cogitans [alma] da res extensa [corpo] conferindo valor apenas para a alma. Friedrich Nietzsche: “No considerar o mundo um jogo divino para além de bem e mal - tenho como predecessores a filosofia dos Vedas e Heráclito". Enfim, não seria um grande contra-senso ainda afirmar que, em nome da paixão pelo saber, a paixão e o prazer em praticar esportes nada teria a ver com o filosofar? Antes, no ‘jogo da vida’, jogar e filosofar, não são verbos que se convertem? Do ponto de vista de método de investigação, a filosofia do esporte é aparentada com a história como também se orienta por argumentação, interrogação e diálogo de modo sistemático, quer por meio de análise – ou crítica -, ou síntese, isto é, de forma especulativa. As raízes da filosofia do esporte se confundem com a própria origem da filosofia desde que Platão em sua obra “A República” identificou a ginástica e a música (as artes em geral) como bases da educação. No Brasil, como nos demais países de cultura ocidental, o ponto de partida para estudos filosóficos envolvendo atividades físicas apoiou-se na Antiga Grécia. É plausível considerar o tema da ética como o fio condutor da filosofia do esporte no Brasil. Ela pode ser definida como a ciência da moral. É justamente através de algum princípio ético (como o princípio ético do dever, de Kant) que se pode avaliar se o agir ou o comportamento de algum indivíduo ou de um determinado grupo social deve ser considerado como moral. A Moral é aquilo que uma determinada sociedade aceita como sendo certo ou justo num determinado espaço de tempo, acerca da conduta ou do comportamento social de seus integrantes. Esta expressão possui termos correlatos. No Brasil a primeira referência sobre a Ética e a Moral associadas à prática de exercícios físicos surgiu com a chegada dos Jesuítas, em 1549. Como referencial básico, a Ratio Atque Instituto Studiorum, que em 1599 sofreu alterações passando a chamar-se Ratio Atque Instituto Studiorum Societatis Jesu, foi o pressuposto basilar da educação jesuíta, cuja existência perdurou aproximadamente por 200 anos. A moral da Ratio consistia na ideia da construção de um Homem bom a partir da harmonização de três postulados básicos: a natureza, o hábito e a razão, que por sua vez contemplavam três momentos da educação moral: a educação física, a educação do caráter e a educação intelectual. No caso da educação física, esta era executada à tarde, após os outros momentos, com a finalidade de liberar a tensão gerada por tal educação. Nesse contexto, o ambiente do colégio estadual Rotary, passa a ser um ambiente esportivo e cultura, onde a competição saudável é um dos pilares do FEDESCULT. É uma oportunidade dos jovens alunos, em equipe, vivenciarem de todos os conteúdos abrangidos pela educação física e intelectual, proporcionando a integração das suas habilidades motoras de forma lúdica e simbólica, de modo a instigar a consciência crítica da realidade e da sociedade que as cercam. É de suma importância para os alunos aprenderem a jogar dentro das regras, colocando em prática o que aprendeu com os ensinamentos da ética, uma vez que discutimos e vivemos constantemente a importância da boa convivência dentro da nossa sociedade. Bibliografias pesquisadas: http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/294.pdf http://www.suapesquisa.com/filosofia/grandes_filosofos.htm http://brasilescola.uol.com.br/

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